sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Mudanças

Desde muito cedo que nunca tive assim muitos amigos, passei pela típica fase de gótico numa certa idade, algo que mudou uns tempos depois, tinha eu 17 anos. Comecei a dar-me com as pessoas erradas, numa altura em que vivi sozinho pois os meus pais vivem em Angola, e como já devem imaginar, não deu bom resultado. Muito tempo depois, já com 19 ou 20 anos, encontrei um grupo de pessoas com quem me identificava, que eu considerei mesmo meus amigos e ainda hoje considero. Mas, devido a certas acções minhas, fui viver um ano em Angola com os meus pais, e fui a Portugal nas férias da Páscoa. Foi aí que tudo mudou, conheci a rapariga mais perfeita de todas, alguém que desde o inicio se preocupou comigo e só quis e continua a querer o meu bem e a minha felicidade. Começamos a aproximarmo-nos muito um do outro, algo que infelizmente apenas aconteceu no final das férias. Voltei para Angola, a despedida foi difícil, mas durante os restantes 4 meses que estive lá, ela falou comigo todos os dias e viamo-nos todas as noites. Vi logo que ela era a única rapariga que servia para mim e com quem eu conseguiria ser muito feliz. Pouco antes de voltar para Portugal fiz merda, quase que perdi a rapariga que amava, mas felizmente tudo se resolveu, embora ainda hoje eu me sinta muito arrependido da merda que estava prestes a fazer. Começamos a namorar, e posso dizer que desde aí ficamos inseparáveis, desde o acordar ao deitar. Fazíamos mesmo tudo juntos, as refeições, tomar banho, choramos e rimos juntos, brincamos e discutimos, mas acima de tudo continuamos a amarmo-nos um ao outro. Habituei-me a estar sempre com ela, a cuidar dela e a fazer tudo que podia para ver o sorriso que me cativou desde o início. Passei grande semana com ela no Algarve, ela conheceu os meus pais, que agora todos os dias perguntam pelo bem estar dela. A mãe dela, embora nunca tenha estado comigo pessoalmente, apoia muito a nossa relação e gosta muito de mim pois sabe que eu consigo cuidar da filha dela e fazê-la muito feliz. Tudo corria bem, até chegar o dia 13 de setembro. Vim para Bournemouth, em Inglaterra, para me fazer à vida e trabalhar um bocado, até dia 24 ou 25 de janeiro. Eu sei, são apenas 4 meses, mas essa mudança abalou ambas as nossas vidas. Ela acordou mesmo cedo e foi ao aeroporto para se despedir de mim, e, apesar de apenas ela e os meus pais terem ido ao aeroporto para me ver a ir embora, fiquei mesmo muito contente, pois eram as melhores pessoas que podia ter comigo naquela altura. Tentei conter as lágrimas e sorrir para ela, mas quando chegou a altura de me despedir, não consegui conter mais e abracei-me a ela a chorar baba e ranho. Os primeiros dias aqui foram os mais difíceis para os dois, mas ela esteve e está sempre do meu lado. Sei que vamos durar e que ela quer continuar comigo durante muito tempo, pois o que nós temos é muito para deitar a perder. Vou sempre cuidar dela, protegê-la e fazê-la  muito feliz de todas as maneiras que conseguir. Amo-a com todo o meu coração, ela é a tal que eu sempre quis e precisei.

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