quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Dia Cinzento II

Ainda continuo a atravessar momentos difíceis, e embora eu tente ripostar contra a tentação de mergulhar na tristeza, faltam-me forças para tal esforço. Hoje acordei e pensei para mim "Vou fazer o que conseguir para ter um dia diferente e animado", mas esse pensamento não durou muito. Sei que, embora ela esteja cansada e com a cabeça ocupada com a escola, ela faz o que pode para me ver bem. Claro que há dias em que uma pessoa acorda e está mal disposta, entendo perfeitamente como se sente, pois as saudades também mexem com a cabeça das pessoas. Eu quero mesmo muito que isto dure, quero muito voltar a Portugal ela ainda estar ali à minha espera, de braços estendidos e com um sorriso na cara, e o medo de que ela se farte de falar comigo ou da minha pessoa começa por vezes a manifestar-se. Um dia antes de eu viajar para aqui passe a melhor noite da minha vida, e falamos de muita coisa, lembro-me da promessa que foi feita, que acontecesse o que acontecesse não se iria fartar de falar comigo, que ia estar sempre do meu lado e que nada nem ninguém iria mudar o que sente por mim. Não quero perder isso, não quero perder a melhor coisa que aconteceu na minha vida, não posso perdê-la. Eu amo-a de uma maneira que é impossível descrever com meras palavras. Ela é a minha tal, e é a única pessoa que está sempre comigo nesta etapa da minha vida. Sei que ainda falta mas eu acredito e confio mesmo muito naquela rapariga, confio a minha vida nela, e sei que quando um feixe de luz rasgar as nuvens cinzentas da minha vida, vai ser ela a estender-me a mão.


"Pois mesmo que atravesse o vale das sombras, enquanto tiver a sua luz comigo não temerei nenhum mal"

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